Inês Pereira
Inês Pereira
20 Fev, 2019 - 09:40

Placenta prévia: o que é, sintomas e tratamento

Inês Pereira

É raro mas algumas grávidas passam pela preocupação do fenómeno da placenta prévia. Descubra agora o que causa este problema e qual o seu tratamento.

Placenta prévia: o que é, sintomas e tratamento

Infelizmente, não é novidade: uma gravidez pode implicar diversos imprevistos e muitos deles capazes de tirar noites de sono a qualquer pai. Claro está que, para alívio geral, alguns são menos frequentes do que outros, como é o caso da placenta prévia. Este é um problema que ocorre numa percentagem baixa de gestações mas que, em alguns casos, pode mesmo obrigar a uma intervenção médica de urgência.

É importante que saiba identificar todos os sintomas da placenta prévia, que tem origem na placenta baixa, de modo a garantir a máxima segurança do seu feto. Conheça agora este problema de A a Z.

Tudo sobre a placenta prévia

saiba tudo sobre a placenta prévia

Afinal, o que é ao certo a placenta? É um órgão existente apenas durante a gestação e que tem como objetivo fornecer oxigénio e nutrientes ao feto, através do sangue. Habitualmente, a placenta, que pode aderir a qualquer parte do útero, localiza-se na zona superior deste órgão.

No entanto, em algumas gestações, a placenta posiciona-se na zona inferior do útero e cobre a entrada (ou canal cervical). Chama-se a isto a placenta baixa, que, geralmente se desloca antes do final da gravidez e não traz qualquer complicação para um parto normal. Contudo, por vezes, pode não existir deslocamento, o que origina a placenta prévia.

A placenta prévia traduz-se num fato de risco para a gravidez porque, ao alojar-se na inferior do útero, pode desprender-se e originar uma hemorragia que pode ser perigosa. Por outro lado, este fenómeno pode também obstruir a saída do bebé aquando do parto.

Embora sem causas aparentes, este fenómeno pode ter origem em determinados fatores, como uma gravidez gemelar, gravidezes anteriores ou formato anormal do útero. Importa referir que existem 4 tipos distintos de placenta prévia:

  • Total: a abertura do colo do útero fica totalmente coberta pela placenta;
  • Parcial: a abertura do colo do útero fica parcialmente coberta;
  • Lateral: a placenta atinge a abertura do colo do útero mas não a cobre;
  • De implantação baixa: a placenta aloja-se na parte inferior do útero, mas não alcança a abertura.

Sintomas e riscos

Em muitos casos, a placenta prévia é assintomática, pelo que nem sempre conseguirá identificar os sinais de alerta. Contudo, existem alguns sintomas e algumas complicações que chamam a atenção para este problema:

  • Hemorragia vaginal súbita;
  • Hemorragia vaginal após relação sexual;
  • Parto prematuro;
  • Complicações durante o parto.

Tratamento

conheça o tratamento para a placenta prévia

O tratamento da placenta prévia deve ser realizado com orientação do seu médico, uma vez que depende de fatores como a idade gestacional e a existência de sangramento vaginal. Regra geral, a grávida deve evitar fazer esforços, evitar relações sexuais e passar grande parte do tempo deitada em repouso.

Em alguns casos, pode ser necessária a realização de transfusões de sangue ou, até mesmo, de uma cesariana de emergência. O médico pode também receitar medicamentos que evitem o parto prematuro.

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