Marta Maia
Marta Maia
26 Mai, 2023 - 09:17

O que fazer com o subsídio de férias? 9 ideias inteligentes

Marta Maia

Já sabe o que vai fazer com o subsídio de férias? Temos algumas ideias para tirar o máximo proveito deste salário extra.

Casal a fazer contas para perceber o que fazer com o subsídio de férias

O subsídio de férias é sempre um momento agradável que marca o início do verão. Aquele salário extra, resultado de um ano de trabalho, deixa as contas mais folgadas e abre um mundo de oportunidades.

Porém, em contexto de crise, o que fazer com o subsídio de férias? Reunimos algumas sugestões, para orçamentos diferentes.

O que fazer com o subsídio de férias em 2023?

1

Criar um fundo de emergência

Se os últimos meses têm sido complicados, o subsídio de férias é uma boa oportunidade para criar (ou repor) o fundo de emergência.

O fundo de emergência serve para fazer face a despesas inesperadas e só deve ser mexido em casos de extrema necessidade. Sem ele, ficamos vulneráveis e, em caso de imprevistos, podemos não ter capacidade de dar resposta e ver-nos obrigados a contrair empréstimos.

É verdade que o subsídio de férias não é suficiente para criar um fundo de emergência completo (deve ter, pelo menos, o equivalente a seis meses de rendimentos), mas já é um bom começo e, por isso, deve ser sempre a primeira opção a considerar.

2

Amortizar empréstimos e pagar dívidas

Se tem créditos em aberto, amortize o que puder e comece com os créditos com a taxa de juro mais alta (como, por exemplo, as dívidas que possa ter no cartão de crédito).

Os tempos não estão fáceis e o futuro mais próximo pode não ser totalmente risonho, por isso vale bem a pena garantir que as obrigações mensais se mantêm controladas.

Neste caso, e porque também não está de castigo, não precisa de usar o subsídio todo para amortizar o empréstimo (a menos, claro, que este esteja a “sufocar” o seu orçamento – e nesse caso torna-se uma urgência).

Pode usar apenas metade ou um terço do subsídio para amortizar a dívida e aproveitar o resto para aplicar noutras coisas ou simplesmente para se mimar um pouco.

3

Antecipar despesas previsíveis

Há despesas que, sendo de grande porte, não são totalmente imprevisíveis. Pagar o IMI, o seguro do carro ou o material escolar para o início do próximo ano letivo são exemplos de encargos que, levando os rendimentos ao limite, não são propriamente uma surpresa nem um imprevisto.

Se não sabe ainda o que fazer com o subsídio de férias, mas sabe que vai precisar de encarar uma despesa grande nos próximos meses, é boa ideia aproveitá-lo para responder a esse encargo – assim não vai precisar de mexer no rendimento do mês.

4

Investir para valorizar o seu dinheiro

Uma das melhores formas de usar o subsídio de férias é aproveitá-lo para implementar uma estratégia de poupança sustentada.

Deixar dinheiro parado abre a porta à desvalorização das poupanças por causa da inflação. Se não precisa de usar o seu subsídio de férias para nada específico ou urgente, pode experimentar aplicá-lo em produtos financeiros que lhe tragam rendimento.

Falamos, por exemplo, de Certificados de Aforro, depósitos a prazo, carteiras de ações, fundos de investimento e outras formas de capitalizar sobre o que tem no bolso. Mais uma vez, e porque quase todas estas opções oferecem vantagens, mas também trazem riscos, não precisa de usar o subsídio todo.

No momento de decidir o que fazer com o subsídio de férias, divida-o em partes e aloque apenas uma ao investimento, deixando as outras para outros projetos.

5

Fazer obras em casa

A eficiência energética das casas tem sido um tema cada vez mais recorrente de discussão pública e não é por acaso. Quando a construção não é eficiente, as casas perdem energia, gastam mais para aquecer o ambiente e resultam em despesas de manutenção mais altas.

Se procura sugestões sobre o que fazer com o subsídio de férias, obras em casa fazem parte da nossa lista. Ainda que o dinheiro não dê para grandes milagres, aproveite-o para melhorar o desempenho energético do edifício, investindo em janelas melhores ou em equipamentos mais poupados.

Mesmo que, no imediato, não sinta grande diferença, vai agradecer a si próprio quando chegar o inverno e a fatura da luz não disparar de repente.

6

Apostar na sua formação e na dos seus filhos

O montante do subsídio de férias pode ser uma excelente forma de garantir a sua formação pessoal sem necessidade de recorrer a créditos bancários. Pode ser, ainda, uma forma de garantir a educação superior dos seus filhos e, por isso, esse valor extra que recebe anualmente poderá ajudá-lo a minimizar o seu esforço financeiro a longo prazo.

Não se esqueça que o montante não deverá ficar parado numa conta à ordem: opte por aplicá-lo numa solução com capitalização de juros.

7

Reservar parte do montante para as férias

Em tempo de férias nada como aproveitar para descansar durante uns dias com a família e os amigos. Reserve parte do montante do valor do subsídio para o pagamento da sua viagem e da estadia. Ainda assim, tenha atenção aos gastos.

Faça bem as contas, crie o seu próprio orçamento familiar para esta altura do ano e siga à risca o plano definido. O objetivo é garantir que não gasta todo o montante neste período de férias.

8

Poupar para a reforma

É um facto que uma grande percentagem de portugueses poupou ou poupa para a reforma. Ainda assim, esta ainda não é uma prioridade entre as pessoas que garantem ter capacidade de poupar mensalmente.

Para garantir um nível de vida confortável durante os anos da reforma, deverá começar já a fazer contas à vida. Faça a sua simulação e descubra qual o montante real da sua reforma e, mediante o valor apurado, defina o montante mensal que terá de colocar de parte para conseguir poupar um rendimento idêntico ao do salário.

Se não sabe o que fazer com o subsídio de férias, aqui está uma boa forma de rentabilizá-lo. Para isso, deverá apostar em produtos financeiros que permitam maximizar este rendimento: os PPR ou os Fundos PPR podem ser a solução.

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9

Dividir para conquistar

A nossa última sugestão para o que fazer com o subsídio de férias é uma junção de todas as anteriores e mais algumas que tenha em mente. Dependendo da sua situação financeira atual, das suas necessidades e, claro, do valor do seu subsídio de férias, ele não precisa de ser aplicado todo da mesma forma.

Sobretudo se o seu plano incluir algum investimento de maior risco, o ideal é mesmo que não guarde os ovos todos no mesmo cesto: divida o valor total em partes mais pequenas e aplique cada uma num projeto diferente. Além de correr menos riscos de se arrepender, também fica com mais oportunidades de colher dividendos nos meses seguintes.

O importante, no fim de contas, é que o seu subsídio de férias seja útil para o seu bolso e não apenas um valor extra que desperdiçou numa coleção nova de sapatos. Mantenha sempre presente o princípio da poupança sustentada e da prevenção de imprevistos, em favor da sua saúde financeira e, não menos importante, de uma vida com menos ansiedade.

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