Júlia de Sousa
Júlia de Sousa
03 Out, 2016 - 08:00

Estudo: flexibilidade de horário tem impacto nos índices de satisfação

Júlia de Sousa

Horário fixo das 9h às 17h está desajustado do fluxo de trabalho e da vida dos profissionais.

Estudo: flexibilidade de horário tem impacto nos índices de satisfação

O horário de trabalho das 09h às 17h está desajustado ao ritmo de vida da maioria das pessoas e do fluxo de trabalho. É isto que diz um artigo recente da Bloomberg.

Diz o artigo que vários estudos apontam que, além de estar desadaptado da realidade, o horário das 09h às 17h acaba por influenciar negativamente a produtividade dos trabalhadores, visto que cada pessoa terá o seu próprio ritmo e nem todos serão produtivos de manhã, por exemplo.

O artigo diz ainda que, de acordo com um inquérito realizado pela Society of Human Resource Management (SHRM), os profissionais apontam como sendo aspeto “muito importante” para a satisfação com o trabalho.

Um outro estudo, realizado pela Pew, revela que a proporção de famílias em que ambos os pais trabalham aumentou quase 50% desde 1970, mas o mesmo não acontece com a estrutura do ambiente de trabalho. Diz ainda este estudo que cerca de um terço dos trabalhadores com filhos diz ter dificuldade em equilibrar a vida profissional e a familiar.

O artigo fala mesmo de alguns exemplos. Primeiro começa por apresentar o caso de Jessica Piha, directora de comunicações da startup de reformas de casas Porch, que não cumpre qualquer horário pré-definido. Diz esta profissional que não tem um “horário definido” e que gosta de chegar “super-cedo” e sair às 15h00 para ir ao ginásio, algo que só possível porque a empresa para a qual trabalha permite que os seus funcionários tenham horários de trabalho flexíveis. Jessica Piha diz ainda que gosta de poder fazer o seu “trabalho quando é necessário fazê-lo” e realça que não será por isto que vai deixar terminar prazos ou deixar de cumprir com as suas “obrigações”.

A tendência é muito comum nos Estados Unidos da América (EUA), onde está enraizada uma “mentalidade de horas”, diz Carol Sladek, sócia da empresa de consultoria em recursos humanos Aon-Hewitt.

As conclusões parecem não enganar. Vários estudos sugerem que trabalhar menos horas num determinado dia ou semana pode aumentar a produtividade e a saúde e ainda aumentar a taxa de retenção de profissionais nas empresas. 

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