Viviane Soares
Viviane Soares
21 Mai, 2020 - 19:19

Viajar em 2020 é seguro? Conheça as medidas de proteção e os cuidados a ter

Viviane Soares

Com a proximidade do verão e um contexto em que a pandemia ainda representa riscos, surge a insegurança quando o tema é viajar. Conheça algumas medidas de segurança da rede hoteleira e os cuidados a ter.

Viajar em 2020 é seguro: fotografia de piscina de hotel

Num momento em que o mundo enfrenta uma pandemia, é natural que se sinta pouco confiante quanto à marcação das férias de verão e que seja assaltado pelas seguintes perguntas: É seguro ir? Devo marcar? Como me posso proteger? Que precauções devo tomar?

Mas, se já tinha planos para viajar nas férias de verão ou se já tinha reservado estadia numa qualquer unidade hoteleira do país, o nosso conselho é que não desista para já desses planos ou mesmo dessa reserva. O setor do turismo em Portugal, à imagem de tantos outros setores, está a reinventar-se e a tomar as medidas de segurança necessárias para recuperar a confiança dos clientes dos hotéis.

Para regular estas medidas, foi criado um selo de qualidade pelo Turismo de Portugal – o selo “Clean & Safe” -, que colocará vários espaços na lista de unidades seguras para voltar a funcionar e a receber hóspedes já este verão. Os setores da aviação e dos cruzeiros também estão a adaptar todos os seus procedimentos para o funcionamento adequado e seguro das atividades turísticas.

Portanto, se é certo que deve continuar a adotar as regras sanitárias e a manter-se atento e informado acerca da evolução da pandemia, por outro lado também é importante consciencializar-se de que muitas mudanças estão a acontecer no mundo e, a maioria, vai acontecer naturalmente.

A pandemia vai eventualmente passar e o vírus ainda poderá ficar por cá durante algum tempo. A solução, fazendo uso de um lugar comum, é, precisamente, aprendermos a viver com ele, adotando os cuidados necessários para prevenir o contágio e adotar sempre um comportamento socialmente responsável.

Viajar em tempo de pandemia: principais tendências

Mala apetrechada para as férias de verão

Dada a necessidade da retoma gradual das economias nacionais e dado o conforto emocional de, num momento de crise sanitária, estarmos “perto de casa”, é natural (e aconselhável ) que o turismo nacional vá aumentar a nível mundial. Em Portugal, o principal destino de férias será a sul, mas poderá também haver um aumento da procura por destinos menos convencionais (rumo ao interior do país) ou mesmo pelo turismo ao ar livre.

Numa segunda fase, acreditamos que o turismo no interior do espaço europeu começará a ser desbloqueado e, num terceira fase, a retoma dos voos intercontinentais.

Em Portugal, a maioria das unidades hoteleiras estará em pleno funcionamento a partir de julho, sendo que muitas delas retomarão atividade aquando da abertura da época balnear, a 1 de junho.

Neste momento, já há regras para frequentar praias e outros espaços públicos, tendo em vista o regresso à normalidade possível ou, se quisermos analisar a situação por uma outra perspetiva, tendo em visto a fundação de novos modos de estar e de conviver em sociedade. Qualquer que seja a perspetiva, é importante que estejamos disponíveis para dar este primeiro passo, até porque, recorrendo a outro lugar comum, a vida tem de continuar.

O que garante o selo “clean & safe”?

quarto de hotel com a porta aberta

Em termos simples, o selo de segurança “Clean & Safe” é uma garantia do Turismo de Portugal de que as unidades hoteleiras e outras empresas (por exemplo, de Animação Turística, Agências de Viagens e de Turismo) estão a implementar as recomendações da Direção-Geral da Saúde, assegurando as medidas de higienização necessárias para evitar riscos de contágio e cumprir os procedimentos seguros para o funcionamento das atividades turísticas.

De entre este conjunto de medidas, destacamos as seguintes:

  • Será dada formação específica e adequada a todos os colaborações acerca do protocolo interno relativo ao surto;
  • Serão disponibilizadas informações acerca deste protocolo a todos os clientes;
  • O check-in e check-out passarão a ser feitos por via eletrónica;
  • Será disponibilizado um kit de proteção individual aos clientes (que terá, pelo menos, uma máscara e um par de luvas descartáveis);
  • Os espaços passarão a ter capacidade máxima (que corresponderá ao número total de camas à exploração);
  • A limpeza e desinfeção dos espaços e superfícies será garantida várias vezes ao dia;
  • Instalações sanitárias com equipamentos para lavagem de mãos terão sabão líquido e toalhetes de papel;
  • Roupas de cama e atoalhados serão lavados a 60º graus;
  • Piscinas, jacuzzis e SPAs estarão abertos e devidamente desinfetados.

Este selo de segurança tem a validade de um ano e implica ações de fiscalização aleatórias para assegurar o cumprimento de todas as regras sanitárias. De forma geral, as unidades hoteleiras já anunciaram que as regras vão ser cumpridas à risca, não estivesse aqui em causa a própria credibilidade destas unidades.

À data da redação deste artigo, o Turismo de Portugal já concedeu 3.232 selos “Clean&Safe”, o que significa que 20% das mais de 16 mil empresas registadas na área do turismo já estão certificadas.

Que cuidados deve ter e quais as precauções a tomar?

Crianças de férias num hotel

Independentemente do seu destino de férias, importa manter as regras sanitárias recomendadas pelas autoridades de saúde, tal como se estivesse em sua casa, entre elas:

  • Lavar frequentemente as mãos com uma solução de álcool-gel ou com água e sabão;
  • Manter a distância social recomendada;
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca;
  • Evitar tocar em superfícies desnecessariamente;
  • Praticar uma boa etiqueta respiratória, ou seja, tapar o nariz e a boca quando espirrar e tossir, usando um lenço de papel descartável ou a prega interna do cotovelo;
  • Usar máscara em espaços fechados;
  • Respeitar as regras sanitárias das unidades hoteleiras;
  • Manter-se informado, recorrendo a fontes de informação de instituições oficiais como DGS, OMS, SNS, INEM.

É importante que zelemos não só pela nossa própria segurança e saúde, como também pela de todos aqueles que nos rodeiam. Acreditamos que só através do esforço coletivo – pelo civismo, entreajuda, solidariedade e responsabilidade – será possível preservar o nosso modo de vida.

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